Há cidades que parecem guardar o tempo nas suas ruas. Antígua Guatemala é uma delas. Caminhar pelas pedras gastas da calçada é sentir o eco de um passado colonial que ainda se sente em cada fachada colorida, em cada varanda de ferro forjado e nos pátios escondidos atrás de grandes portas de madeira.

Arco de Santa Catalina
A cidade vive num equilíbrio delicado entre a memória e a vida presente. As ruínas das igrejas, abertas ao céu depois de vários terramotos, lembram-nos a fragilidade das grandes construções humanas, mas também a sua beleza intemporal. Entre elas, erguem-se templos ainda vivos, mercados cheios de cor e cheiros e praças onde as pessoas se encontram num ritmo tranquilo e descontraído.

Parque Central de Antígua
Ao fundo, como guardiões silenciosos, os vulcões Acatenango, Aqua e Fuego vigiam a cidade. O Fuego, sempre inquieto, deixa escapar nuvens de cinza que lembram a força da natureza que moldou – e continua a moldar – esta terra.
Mas Antígua não é só passado ou cenário de filmes. É também o sorriso das mulheres com as suas roupas tradicionais, é o aroma a café fresco das plantações vizinhas, é o som de guitarras e marimbas que se mistura com o bulício das ruas. É uma cidade que convida a abrandar, a observar e a deixar-se ficar um pouco mais.
Em Antígua, cada esquina conta uma história e cada olhar descobre um novo detalhe. Talvez seja isso que a torna tão especial: não se mostra de uma vez, mas vai-se revelando a quem lhe dá tempo.