A Quinta da Regaleira, situada na encosta da serra a alguns metros da vila de Sintra, pode ser considerada um dos monumentos mais surpreendentes na região.
Construída entre 1904 e 1910, sofreu alterações depois da aquisição pelo Dr. Carvalho de Monteiro, tornando-a naquilo que podemos hoje ver. Alia o misticismo e o romantismo à magnífica arquitectura de uma forma muito singular.
Logo que compramos os bilhetes de entrada é entregue um mapa, basta segui-lo. A Quinta é enorme e só assim se consegue definir o que se quer ver e qual o melhor percurso. Não tenha pressa, aproveite bem todo o encanto e esteja atento aos pormenores e símbolos, que são muitos, evocativos, sobretudo da Macçonaria e dos cavaleiros Templários.
Ao entrarmos na Quinta deparamo-nos com o palácio, também designado por Palácio do Monteiro dos Milhões, de arquitectura riquíssima e trabalhada, criado pelo arquiteto italiano Luigi Manini. Logo na entrada toda a ornamentação é relacionada com o mar e os descobrimentos portugueses.

Arco da entrada da quinta
À medida que se entra no palácio desvendam-se cada uma das salas, cada terraço, apercebendo-nos das ligações criadas com o esoterismo e com o fantástico, cheios de símbolos ocultos por trás dos estilos manuelino, renascentista e barroco. Como grande exemplo destes trabalhos exuberantes, na sala da caça, está a magnífica lareira.

Lareira do palácio da Regaleira
No exterior uma vegetação bastante diversificada mas em plena sintonia com as construções em pedra, emanam magia e mistério, num mundo dantesco, cheio de símbolos, desde a alquimia à mitologia.
Destacamos a capela, com referências à ordem de Cristo e aos Templários.

Capela

Olho na pirâmide dentro da capela, descubra-o!
O poço iniciático ou torre invertida é um dos
ex-libris da quinta. Com 27 metros de profundidade, o acesso faz-se através de uma escadaria em espiral, fazendo a ligação entre o céu e a terra. Há quem diga que era utilizado em rituais de iniciação maçónica. Tem 9 patamares, cada um com 15 degraus, invocando a Divina Comédia de Dante e no fundo do poço uma rosa dos ventos, com os pontos cardeais sobre a cruz dos Templários.

Poço iniciático
Os percursos subterrâneos são claramente locais a percorrer, assim como as grutas. O passeio ao ar livre, no meio do bosque, é bastante agradável.
Em suma, um local místico, onde o tempo lá passado nos leva a uma outra dimensão. Fica na recordação o local, fica na imaginação o simbolismo, fica a vontade de querer lá voltar.

Fonte da Regaleira
Agradecemos a colaboração da
Quinta da Regaleira.
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