Na Cidade Velha respira-se história. Chegamos à pequena praça junto ao mar, e por momentos somos transportados para séculos passados, em terras portuguesas. A arquitectura do casario, a calçada e o pelourinho não negam a sua origem. É possível imaginar como terão chegado os portugueses aquela pequena baía onde desaguava a ribeira que deu o primeiro nome ao local, “Ribeira Grande”, a mais antiga cidade criada pelos europeus nos trópicos.
Ter sido um dos primeiros territórios descoberto em África, em 1462, faz com que Cabo Verde tenha as edificações mais antigas do continente africano. Muito próximo da praça do pelourinho entramos na rua da Banana, a mais antiga rua construída pelos europeus em África. Percorrendo-a, chegarmos à igreja de Nossa Senhora do Rosário, também ela um marco do tempo, é a igreja colonial mais antiga da África Subsariana.
Na mesma rua da Banana existe um pequeno Centro Cultural, onde pode ser vista uma exposição de produtos locais que nos contam parte da história do local.
Na baía, a areia não existe, nem tem que existir. Os seixos de pedra preenchem a praia onde pescadores preparam os barcos para se lançarem ao mar de onde trazem atum que por aqui é o rei da pescaria e na cozinha.
Na parte alta da cidade, a Sé Catedral (construída em 1555) ou o que resta dela. Foi saqueada várias vezes, até que por fim destruída pelo pirata francês Jacques Cassard. Hoje permanecem as ruínas que ainda assim mostram a imponência deste templo e a sua importância nestas paragens.
No alto da Achada vê-se a discreta fortaleza de S. Filipe. Construída de forma a minimizar as incursões dos piratas e corsários, com uma vista privilegiada e estratégica permanece esta guardiã. Lá em cima a timidez da construção dá lugar à imponência digna de uma fortaleza. Lá dentro podemos ver as guaritas, a cisterna, os canhões e a esplendorosa vista.
A poucos quilómetros da Cidade da Praia a Cidade Velha mostra um lado completamente diferente da azáfama da capital.
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Visitar Cidade Velha ou outro lugar, o importante é ir, porque "viajar é ir"...