Foi capital de uma região economicamente importante do Império Romano. Pelo rio Guadiana chegavam embarcações do mar Mediterrâneo, que vinham carregar ouro, cobre e zinco. Mais tarde foi ocupada por visigodos, árabes e finalmente cristãos. Mértola é hoje um mosaico da história Ibérica.
Chamam-lhe “Vila Museu” e não faltam motivos de interesse quando se percorrem as suas ruelas. A herança muçulmana está bem presente no casario.
Rua em Mértola
No alto, o castelo domina a vila. Construído no século X e pertença da Ordem de Santiago, ainda conserva na sua estrutura elementos visigodos e árabes. Na torre de menagem, mandada construir em 1292 por D. João Fernandes, mestre da Ordem de Santiago, existe um dos núcleos dos Museu de Mértola, dedicado à Ordem. Junto às muralhas podem visitar-se algumas escavações arqueológicas, onde constam o bairro islâmico, construído sob as ruínas romanas e onde foram descobertos dois batistérios que estão entre os maiores na Europa, um deles o batistério paleocristão do século V ou VI.
Torre de menagem do castelo de Mértola
Basta descer poucos metros de uma pequena ruela para chegarmos à igreja de Nossa Senhora da Anunciação, ou Igreja Matriz de Mértola, um marco da passagem das várias civilizações nesta vila. Começou por ser um templo romano, depois transformado em mesquita islâmica e na reconquista adaptada a templo cristão. Conserva traços muçulmanos, como as portas de estilo árabe, e na cave da antiga sacristia, do século XVI, existe um pequeno museu onde podem ver-se as fundações das várias fases de ocupação.
Igreja Matriz de Mértola
O Museu de Mértola é muito rico e extenso, está distribuído por todo o concelho em vários núcleos. Entre eles está a basílica paleocristã, onde se podem ver sepulturas cristãs, paleocristãs e muçulmanas, o Museu Romano no edifício da Câmara ou a Mina de São Domingos a poucos quilómetros a norte do concelho.
Incontornável é também a Torre do Relógio, faz parte da história e da paisagem de Mértola, no extremo Sul da muralha, na margem do rio, é uma espécie de sentinela do Guadiana que vigiava a passagem das suas águas enquanto fazia passar as horas que dava à população. Terá sido construída no século XVI.
Torre do Relógio
Ainda no concelho de Mértola, não muito distante, aproveite para visitar as Azenhas do Guadiana, um açude que fornecia água aos antigos moínhos aí existentes, o Pulo do Lobo, uma garganta rochosa no rio Guadiana onde as águas caem de mais de 20 metros de altura para um lago, e a Ermida de Nossa Senhora de Aracelis, que curiosamente é partilhada por dois concelhos: a ermida pertence ao concelho de Castro Verde e o adro ao de Mértola.
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Visitar Mértola ou outro lugar, o importante é ir, porque "viajar é ir"...