Uma das portas de entrada dos Açores, a Ilha Terceira, passa muitas vezes despercebida à maioria de quem visita o arquipélago. Recortada por altas ravinas, fustigadas pelo Atlântico, é no seu interior que a ilha guarda as melhores surpresas.
No centro da ilha fica a Terra Brava, uma área acidentada maioritariamente coberta por pedra vulcânica, inclui o vulcão do Pico Alto, o vulcão central mais recente da ilha (com cerca de 100 mil anos), e uma floresta muito rica em vegetação endémica, típica da Macaronésia.
Em plena Terra Brava, o ex-libris da ilha, o Algar do Carvão. Entramos literalmente dentro de um vulcão e constatamos como um lugar que à partida seria tão inóspito se transforma num magnífico cenário natural. As paredes do cone estão cobertas com vegetação, na sua maioria, endémica, e lá no fundo uma lagoa, alimentada por águas pluviais e de pequenas nascentes que chega a ter 15 metros de profundidade. Esta é das poucas oportunidades no mundo para descer ao interior de um vulcão.
As belezas vulcânicas não ficam por aqui. Não precisamos ir muito longe para visitar a gruta do Natal. A formação destas grutas apontam para tubos de lava formados aquando de uma erupção.
Não muito longe ficam as Furnas do Enxofre. Através de um pequeno circuito pedestre podemos visitar as fumarolas de onde sai o vapor do interior da terra.
Já pela costa, percorrendo a estrada que circunda toda a ilha, vislumbram-se grandes penhascos que mergulham no mar. Em cada localidade por onde passamos vão aparecendo os coloridos Impérios do Espírito Santo, pequenas capelas/templos à volta dos quais acontece uma das tradições mais enraizadas dos Açores, as festas do Espírito Santo, com cerimónias e oferendas à coroação do Menino Imperador.
A zona antiga de Angra do Heroísmo, faz-nos recuar muitos anos atrás, e mesmo não tendo vivido nessas épocas, lembra-nos postais antigos e de certa forma a cidade de São Salvador no Brasil (ou será São Salvador que faz lembrar Angra?!). A arquitetura das casas, as igrejas, cada uma de sua cor, e o empedrado das ruas é singular.
Subindo ao Monte Brasil tem-se um panorama sobre a cidade (infelizmente estava a chover e não deu para desfrutar da vista tanto quanto apetecia).
Ao longo da ilha podem-se visitar vários miradouros, há que desfrutar de cada um deles: Monte Brasil, Serra do Cume, Serra do Facho, Serra da Ribeirinha entre outros.
Com tanto para ver, há que fazer algumas pausas e aproveitar a gastronomia riquissima desta ilha, desde o famoso queijo da ilha, á tenra carne de vaca, os famosos bolos D. Amélia e o vinho de Biscoitos.
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Visitar Ilha Terceira ou outro lugar, o importante é ir, porque "viajar é ir"...
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