Ao longe o proeminente minarete da maior mesquita da cidade, a Koutoubia, distingue-se do resto da silhueta do casario. É um dos edifícios mais antigos de Marraquexe e a sua torre, criada pelo mesmo homem que projectou a de Rabat e a Giralda na catedral de Sevilha (outrora uma mesquita), impõe-se na paisagem.
Ali perto a praça mais conhecida de Marraquexe, a Jemaa El-Fna onde artistas de rua mostram as suas habilidades de acrobacia, encantam serpentes, fazem-se pinturas com henna e há bancas de sumos de fruta, é o ponto central da cidade. A praça funciona como uma espécie de porta de entrada para o resto da medina que, embora grande, é de fácil orientação, ao contrário da de Fez. Já na medina, o movimento é frenético, à azáfama de pessoas e carrinhos de carga juntam-se motas que passam como se estivessem numa rua deserta. O comércio impera e, tal como por todo o país, o regatear faz parte do jogo. Aqui a abordagem dos comerciantes tem alguma malícia, é imperativo passarmos despercebidos.
Do outro lado da medina, a impressionante madraça Ben Youssef. O acesso a não-muçulmanos é permitido e lá dentro, pode ver-se o que de melhor existe da arquitectura marroquina. Da mesma altura, mas apenas descobertos no século passado, são os Túmulos Saadianos. Sessenta e seis túmulos reais estão dispersos num pequeno complexo, uma belíssima decoração com gravações em madeira de cedro e estuque.
Não muito longe o Palácio el Badii. Diz-se que era um dos palácios mais belos alguma vez construídos, sobreviveu mais de um século até que o sultão decidiu desmonta-lo e levar a maior parte das estruturas para a nova capital em Meknès.
Muito mais há a descobrir fora das muralhas da cidade. Estas, que datam do século XII, estendem-se por vários quilómetros e têm cerca de 20 portas. Um vasto jardim de oliveiras protege um pequeno palácio, assim é o Jardim de Ménara (fotografia de capa). Plantado numa das margens de um lago, o edifício servia de local de encontros entre o sultão Saadiano e as suas mulheres, pelo menos é o que conta a lenda.
Outro jardim especial é o Majorelle. O francês Jaques Majorelle, um apaixonado por jardins, resolveu criar um santuário botânico junto ao seu atelier. Mais tarde foi comprado pelo estilista Yves Saint Laurent, onde viveu com o seu companheiro transformando-o numa das maiores atrações de Marraquexe.
Marraquexe é também um óptimo ponto de partida para descobrir o Alto Atlas e para lá das montanhas as pitorescas localidades de Ouarzazate, Agdz, Merzouga ou Zágora até ao deserto do Saara.
Capital: Rabat
Língua: Árabe e berbere
Moeda: MAD (Diram)
Fuso hotário: UTC 0
Código telefone: +212
Fronteiras: Espanha , Argélia
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Visitar Marraquexe ou outro lugar, o importante é ir, porque "viajar é ir"...